domingo, 9 de fevereiro de 2014

a uma semana de encerrar a temporada na praia, o coração percebe-se menor. um ano e meio de são paulo é suficiente para dizer: não há nada como o sal. há pessoas feitas para o concreto, há pessoas feitas para a areia. lição apreendida. as águas mapeadas são mais tranqüilas que a terra e se nos mantivermos quietos, estaremos longe e ainda dentro. de todo modo, é preciso dizer adeus para o navio seguir viagem (i.e. meditar à condição de náufrago). continuemos as atividades: pôr e retirar palavras, pôr e retirar lençóis, pôr e retirar arbítrios. levo comigo a água: nos poros, nos fios, no fígado. é preciso um largo fígado para encarar esta cidade. existem deuses e eles pairam. o meu é o mar.